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Resenha - Como eu era antes de você


Titulo: Como eu era antes de você
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 320


Sinopse –  Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.


Resenha/Opinião – Não vou mentir, eu esperava mais do livro, mas ainda sim eu devo dizer ''eu gostei'', achei realmente boa a narrativa da Jojo Mayer, a simplicidade nas palavras mas cheias de sentimento e significados nos fazendo em muitas cenas ficar refletindo sobre o que acabamos de ler.
Will é tetraplégico e Louise sua cuidadora, porém no começo ela não sabe nada sobre quem é Will e suas necessidades sendo assim um completo desastre, ainda sim Lou não desiste e tenta de todas as formas não só fazer seu trabalho corretamente como também fazer com que Will tire do rosto a expressão sempre carrancuda. Apesar da estória ser triste a gente se vê sorrindo muitas vezes por alguma situação ou frase engraçada ou até mesmo nas atitudes de Louise dentro e fora de seu local de trabalho. Falando em Louise, não o não gostar de dela, sério, a personagem fora construida de uma forma simples embora toda a extravagancia de suas roupas e atitudes. 
Louise tenta de todas as formas fazer com que Will anime, que queira ''viver'' e de prefêrencia claro ao seu lado já que com o transcorrer da trama ambos acabam tendo sentimentos um pelo outro mesmo não querendo. É comovente como ela corre atrás, do esforço que tem, faz pesquisas, estuda e tenta entender como funciona a mente de Will e do que pode ou não estar ao seu alcance. 
Não sei se foi apenas eu mas acho que faltou falar um pouco mais sobre os outros personagens, houve um momento em que apareceram o ponto de vista dos outros personagens só que para mim eu não fiquei muito satisfeita afinal eu queria mais, mais detalhes, mais histórias, mais pontos de vista, sei que o livro é um romance que envolve mais o casal claro, só que se a Jojo queria colocar o ponto de vista de outros personagens acho que ela deveria ter escrito mais. 
Me surpreendi realmente em uma cena específica, quando é mostrado um flashback de Louise, e é nesse momento que fiquei de queixo caído e claro que pude entender o porque ela era como é, é um momento que nos faz refletir, nos pega de surpresa. 


Quotes - A primavera chegou durante a noite, como se o inverno fosse um hóspede indesejado que de repente resolveu vestir seu casaco e desaparecer sem se despedir. Tudo ficou mais verde, as ruas foram banhadas por um sol fraco, o ar agora perfumado. O dia tinha sinais florais e acolhedores, com trinados primaveris como fundo musical.
Dizem que só é possível se admirar um jardim de dois de certa idade, e acho que existe alguma verdade nisso. Provavelmente tem algo a ver com o grande ciclo da vida. Parece que há algo de miraculoso em ver o inexorável otimismo de um novo broto após a desolação do inverno, uma espécie de alegria na diversidade a cada ano, a forma como a natureza escolhe mostrar diferentes partes do jardim. 

Sei que essa não é uma história de amor como outra qualquer. Sei que há motivos para eu nem dizer isso. Mas eu amo você. De verdade.

Senti a música como se fosse algo físico que não entrava só pelos meus ouvidos, mas fluía dentro de mim, me cercava, fazia meus sentidos vibrarem.

''Não pense muito em mim.
Não quero que você fique toda sentimental. Apenas viva bem.
Apensa viva...''

Como poderia esse homem, cuja pele, hoje de manhã, eu tinha sentido sob meus dedos – cálida e viva –, querer simplesmente acabar consigo mesmo?

É isso. Você está marcada no meu coração, Clark. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente. Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua.

Fechei os olhos, apoiei a cabeça no encosto da cadeira e ficamos ali mais um pouco, duas pessoas perdidas nas lembranças sonoras, meio ocultas à sombra de um castelo numa colina iluminada pela lua.

“E sabe o quê?
Ninguém quer ouvir esse tipo de coisa.
Ninguém quer ouvir você falar que está com medo, ou com dor, ou apavorado com a possibilidade de morrer por causa de alguma infecção aleatória e estúpida.
Ninguém quer ouvir sobre como é saber que você nunca mais fará sexo, nunca mais comerá algo que você mesmo preparou, nunca vai segurar seu próprio filho nos braços.
Ninguém quer saber que às vezes me sinto claustrofóbico estando nesta cadeira que tenho vontade de gritar feito louco só de pensar em passar mais um dia assim.”

Segurei carinhosamente os dedos nos meus e fechei a mão. (...) Percorri os nós dos dedos. Uma pequena parte de mim se perguntou se eu ficaria constrangida caso Will abrisse os olhos, mas não me importava. Senti que, com certeza, seria bom para ele ficar de mão dada comigo. Esperava que, de alguma forma, além da barreiradaquele sono químico, ele concordasse com aquilo

Leia também a resenha do segundo livro AQUI!

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